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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Omar Khayyam - Rubayat


                                                        Omar Khayyam(Pérsia, 1048-1131)



Rubayat (Alguns poemas)


O vasto mundo: grão de areia no espaço.
A ciência dos homens: palavras. Os povos,
os animais, as flores dos sete climas: sombras.
O profundo resultado da tua meditação: nada.


Os sábios mais ilustres caminharam nas trevas da ignorância, 
e eram os luminares do seu tempo.
O que fizeram? Balbuciaram algumas frases confusas,
e depois adormeceram cansados.


Mestres e sábios morreram
sem se entenderem sobre o Ser e o Não Ser.
Nós, ignorantes, vamos apanhar as tenras uvas; 
que os grandes homens se regalem com as passas.


Rosas, taças, lábios vermelhos:
brinquedos que o Tempo estraga;
estudo, meditação, renúncia:
cinzas que o Tempo espalha.


(Tradução de Alfredo Braga)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Leis de Ricardo I (Coração de Leão) sobre os Cruzados que partiam para o mar-1189 d.C.


(Tradução minha)

''Ricardo, Rei de Inglaterra pela Graça de Deus, e Duque da Normandia e Aquitânia, e Conde de Anjou, a todos os seus súbditos que estão para  partir para Jerusalém através do mar, vos saúdo. Saibam que nós, pelo conselho comum dos homens justos, fizemos as leis que vos são dadas. Quem quer que mate um homem a bordo será atado ao morto e atirado ao mar. Mas se ele o matar em terra, ele será atado ao morto e enterrado em terra. Se alguém, no entanto, for condenado por testemunhas legítimas de haver lançado uma faca contra outrem, ou de o ter atingido de modo a fazê-lo sangrar ficará sem a mão. Mas se o atingir com o punho sem o fazer sangrar, será mergulhado no mar três vezes. Mas se alguém vituperar ou insultar um camarada ou se o acusar de odiar Deus: pagará tantas onças de prata tantas quantas vezes o haja insultado. Um ladrão, além do mais condenado por roubo, será tosquiado e derramar-lhe-ão alcatrão a ferver sobre a sua cabeça e sacudir-lhe-ão penas de almofada também sobre a cabeça- de modo a que seja tornado público; e na primeira terra onde o navio atracar ele será lançado à costa. Na minha própria presença em Chinon.''

Fonte: Henderson, Ernest F.
Select Historical Documents of the Middle Ages

Mapa Mitológico do Mundo-II

Primordia/Eden/Agartha


Antillia/Hespérides


Mapa Mitológico do Mundo-I

Hipérborea/Thule/Valhalla




Ourania/Utopia/Monte Meru


domingo, 22 de abril de 2012

Parlamento secreto Judaico em Bruxelas




A Máfia sionista internacional cria um parlamento próprio em Bruxelas. Esta é uma das notícias que os órgãos de informação vão, como de costume, silenciar.

sábado, 14 de abril de 2012

Folhas Caducas





Folhas caducas


Caem como folhas caducas
Máscaras e vaidades mundanas
Brilham ao longe, no silêncio
Da multidão afastadas
Nobres virtudes, antes secretas
Na hora certa relembradas

N. Afonso, 9.04.2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ainda sobre o liberalismo totalitário

'' Por outras palavras, existe um liberalismo totalitário. Se esta expressão parece ser um oxímoro, ela mostra o quanto fomos treinados de modo a dissociarmos liberalismo de qualquer lufada de totalitarismo. Os nossos critérios para julgar o que é o totalitarismo (ideias extremas, campos de concentração, polícia secreta, o culto da masculinidade, a veneração do Estado) são, como que por acaso, os critérios que amigavelmente excluem todos os prováveis métodos liberais do exercício de poder. ''
 
 Michael Walker, '' Against all totalitarianisms '', The Scorpion, nº10, Autumn 1986( Tradução minha)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Força e violência em Vilfredo Pareto

Vilfredo Pareto




'' Não podemos confundir violência e força. A violência acompanha habitualmente a fraqueza. Podemos ver indivíduos e classes, que, tendo perdido a força para se manterem a si próprios no poder, se tornam mais e mais odientos, recorrendo à violência indiscriminada. Um homem forte ataca apenas quando é absolutamente necessário- e nada o pára. Trajano era forte mas não violento; Calígula era violento mas não era forte. ''

E escreve mais adiante: '' Todos os povos aterrorizados pelo sangue ao ponto de já não saberem defender-se a si mesmos mais tarde ou mais cedo tornar-se-ão presas de outros povos belicosos. Não há talvez um palmo de terra no planeta que não haja sido conquistado pela espada, ou onde os povos a ocuparem essa terra não se tenham lá mantido pela força. Se os Negros fossem mais fortes do que os Europeus seriam eles a dividir a Europa e não os Europeus a dividirem África. O alegado 'direito' com os quais os povos se arrogaram a si próprios o título de 'civilizados' para conquistarem outros povos a quem se acostumaram a chamar de 'incivilizados' é absolutamente ridículo. Pelo contrário, esse direito não passa de força. Enquanto os Europeus forem mais fortes do que os Chineses, eles impor-lhes-ão a sua vontade, mas se os Chineses se tornarem mais fortes do que os Europeus, estes papéis inverter-se-ão... ''

Vilfredo Pareto ' Les systèmes socialistes ' ( Tradução minha)

sábado, 7 de abril de 2012

Liberalismo totalitário

O liberalismo, ao intrometer-se em todos os domínios da vida humana e ao subordiná-la unicamente à esfera puramente económica da actividade social, torna-se deste modo totalitário, sendo por isso desprezível e, consequentemente, nosso inimigo.




quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ovídio e as Quatro Idades

' De ouro foi a primeira Idade, quando a fé e a justiça se mantinham pelo livre arbítrio e não pela lei, ameaça ou vingança. Corriam rios de leite e rios de doce néctar, e o mel era extraído de carvalhos verdejantes.
  Depois de Saturno haver sido expulso para o obscuro reino da morte, e de o mundo estar sob a influência de Júpiter, a raça de prata chegou, pior do que a de ouro, mas melhor do que bronze amarelado.
  Então, depois disto, a terceira chegou, a raça de bronze, de índole mais severa e mais rápida a pegar em armas, mas não ainda ímpia.
  A Idade de ferro veio no fim. De uma vez, todo o mal irrompeu nesta era desprezível: a modéstia, a verdade e a fé abandonaram a terra, e em seu lugar apareceram as artimanhas e conspirações,a violência e a amaldiçoada ganância pelo lucro. O convidado não estava a salvo do anfitrião, nem o sogro do genro; o amor  escasseava, mesmo entre irmãos. O marido ansiava pela morte da sua esposa e ela pela do seu marido. A devoção foi derrotada, e o último dos imortais abandonou a terra encharcada de sangue.
  Quando o filho de Saturno observou isto do seu elevado trono gemeu, e concebeu na sua alma uma poderosa fúria digna de Júpiter e reuniu os deuses em concílio. '

Ovídio ' Metamorfoses' ( Tradução minha)



Ovídio

quarta-feira, 28 de março de 2012

Recordar Rodrigo Emílio- Alguns poemas


Rodrigo Emílio, 18.02.1944-28.03.2004



Poema anti-Yankee
À bolsa de Nova Iorque, without love.

Ó idolatras dos dólares,
energúmenos dos números:

-Guardai as vossas esmolas
para a Europa dos chulos...

E ficai-vos com os trocos;
ou cambiai-os em rublos!...


Lápide

Não vos escondo
que quando vim
a capital do meu sonho 
era Berlim.

Só que Berlim
Já 'stava a arder
e eu, por mim,
não Lhe pude valer.
             
      Lisboa, Maio de 1980 no 35º aniversário da vitória da plebe.



Rosácea D'Aljubarrota

À vista do mosteiro
da Batalha
-há conquista
que resista,
há la guerreiro
que valha?!...

...Deixai, então, que vos fale
(-porque me dá cuidado
e por mais nada!)
d'aqueloutro Portugal
talhado à espada
-e condenado, afinal,
a não ser nada...-

...Sala d'aula do Além,
anfiteatro do Mar,
-que ninguém, que já ninguém
hoje vem
contemplar...







domingo, 25 de março de 2012

Samsara

Samsara




Acabei de sonhar contigo
Deitada, as mãos ensanguentadas
Junto a ti, coroas de flores e esmeraldas
Um punhal sobre o teu peito
Uma rosa vermelha na mão direita
O teu rosto pálido, a pele macia

Sussurravas o meu  nome
E um corvo poisava no teu ombro
Era noite e a chuva caía, lentamente...
Os teus olhos azul turquesa
Fixavam-me, incessantemente

Olho em redor e penso:
Este mundo já não te pertence
Um último olhar, um último gesto
Uma última palavra
A vida escapa-te

Tudo é breve, fugaz, impermanente
A roda da vida gira sem parar
Diz adeus e parte, sem nada a proclamar

Tudo volta à sua origem
Qual gota de água
Num longínquo mar

N. Afonso, 24.03.2012




sexta-feira, 16 de março de 2012

Kali Yuga

Kali Yuga


Thousands of years ago were written
Proper words in the sacred texts
But mankind has long forgiven
Many of them will find no rest

This age of lies and deception
Will unleash so much agression
A Golden Era once has lasted
And will return when Kali is gone

Do not fear when the end is near
Because every end is a new beginning

N. Afonso, 25.11.2011


terça-feira, 13 de março de 2012

Julius Evola sobre os kamikaze

'' Muitos saberão já o que são os kamikaze. Tal é o nome que foi dado àqueles aviadores japoneses que na última grande guerra se lançavam com uma carga de explosivos que acompanhava o seu avião contra o navio dos inimigos para os fazer saltar pelo ar. Falou-se muito destes ' voluntários da morte ',  umas vezes com admiração, outras com horror. Mas nem sempre foi captado o sentido completo desta iniciativa, na verdade sem precedentes na nossa história: dado que este é o primeiro caso de uma táctica sistematicamente estudada e organizada que implica a morte certa dos combatentes, aplicada não em casos esporádicos, dentro dos limites de formas de exaltação individual, mas durante um longo período e com um corpo especial instruído de maneira adequada.

Este corpo foi criado pelo amirante Onishi, quando, perante a esmagadora superioridade de meios por parte do adversário, parecia não haver outra esperança de vitória que não fosse um milagre somente realizável por um caminho de excepção. Kamikaze quer dizer ' vento divino 'e ' tempestade dos deuses '. Com isto fez-se referência a um episódio da história anterior do Japão. Em 1281, numa situação também desesperada, um furacão, que se pensou haver sido desencadeado pelos deuses, salvou o Japão afundando em poucos minutos uma potente frota inimiga. Deste modo os kamikaze conceberam-se a si mesmos quase como a encarnação da mesma força divina que então havia salvo a nação. No momento da constituição dos corpos, estas foram as palavras pronunciadas pelo almirante Onishi: ' Dirijo-me a vós em nome dos cem milhões de japoneses para solicitar o vosso sacrifício, invocando a vitória. Vocês já são deuses e os deuses esquecem-se de qualquer desejo humano. Se por acaso ainda têm um, que seja aquele de saber que o vosso sacrifício não foi em vão. '
Tais palavras encontraram um solo preparado no estado de ânimo de exasperação nascido nas massas de combatentes, que, ainda constatando a impossibilidade de fazer frente ao inimigo com os mesmos meios, não queriam, no entanto, de nenhuma maneira vergar-se ante um destino infausto. Deste modo, a obrigação de vencer a qualquer custo, atestada num primeiro momento por exemplos isolados, com a precipitação dos acontecimentos, e com a criação daquele corpo especial, acabou inchando como uma torrente destruidora '.
Calcula-se que desde 24 de Outubro de 1944, data da criação do corpo dos kamikaze, até 15 de Agosto de 1945, data da capitulação do Japão, 2530 pilotos se lançaram nos ataques suicidas contra os porta-
- aviões, os couraçados e os transportes norte-americanos. No momento em que, apesar de tudo, o Japão depôs as armas, o almirante Onishi matou-se, alcançando assim os seus homens na morte. Pouco antes, escreveu esta breve poesia lírica: ' Depois da tempestade/a lua apareceu, radiante '. Isto leva-nos a analisar o elemento interior, ético e espiritual do espírito kamikaze. Por um lado, a chamada de Onishi encontrou uma superabundância de voluntários. Os que eram escolhidos consideravam tal coisa como uma grande honra pela qual agradeciam, e que por vezes se chegou até a protestar e acusar de favoritismo e de corrupção quando tal privilégio não era concedido. Por isso deve ser sublinhado que não se tratava de um gesto ditado por um  momento de exaltação e de delírio heróico. Podia acontecer que os kamikaze tivessem que esperar meses inteiros antes de serem enviados numa missão. E neste período passavam o tempo realizando as suas ocupações normais, participando até em jogos e diversões, quase como se não tivessem ante si a perspectiva de partir rumo a uma morte certa e quase como se aquelas não fossem as suas últimas horas de vida. O seu misticismo guerreiro era acompanhado por uma fria e lúcida determinação, dado que, tal como se mencionou, eles tinham que instruir-se a fundo nas técnicas precisas de um ataque que, para ter
eficácia, exigia até ao fim um absoluto domínio de si  mesmo.

Para entender tudo isto temos que fazer referência a factores ético-espirituais e a uma concepção da vida totalmente diferente da que impera no Ocidente moderno. Em primeiro lugar existia a ideia de que ' ao converter-se em soldados já se tinha dado a vida pelo Imperador ' e que ' se os nossos tivessem que pensar não ter feito tudo para vencer, também se matariam sem por isso considerar-se livres das suas culpas. ' Encontrava-se rapidamente uma ética mais geral derivada da sabedoria de Confúcio, a qual, do mesmo modo que a estóica, exorta a viver tal com se cada dia fosse o último. E a esta ética que, se é vivida, não pode senão propiciar um natural e calmo desapego, unia-se-lhe aquilo que vinha de um concepção tradicional que não vê no nascimento o princípio da existência humana e na morte o fim inevitável do ser. Daí a característica de um heroísmo que não é obscuro, trágico e desperado, mas que se encontra confirmado pela certeza de uma vida superior. Por isso os kamikaze eram considerados ' deuses vivos '. Por isso, para os seus aparelhos não foram escolhidos símbolos da morte, caveiras, ou cor negra ou outra, tal como, pelo contrário, acontece em outros casos, mas sim símbolos de imortalidade. Ooka foi denominado o pequeno tipo de avião de um só lugar, que, carregado com duas toneladas de explosivos, era
largado por um bombardeiro e que por meio de aceleradores a propulsão se precipitava a uma alta velocidade sobre o objectivo, com uma autonomia de 20 km. Mas Ooka quer dizer ' flor de ameixa ', flor que no Extremo Oriente é também um luminoso símbolo de imortalidade.

Mas esta imortalidade, de acordo com a concepção japonesa, não é de carácter puramente transcendente; é a de forças que ainda o além pode suportar e alimentar a grandeza e a força do Império. Por isso, o almirante Onishi pôde também dizer: ' O nascimento do espírito kamikaze assegura-nos a perenidade do Japão, ainda que haja apenas uma probabilidade ínfima de vencer. ' E no fundo, esta aparece como radical justificação do sacrifício daqueles que tinham pensado ' levantar com a pureza da sua juventude o vento dos deuses '. O aparecimento dos kamikaze aterrorizou por certo as forças norte-americanas. Ficaram descrições do paroxismo e pânico que produzia nos barcos yankees o seu mero aparecimento. Lançavam-
-se contra o mesmo todo o tipo de elemento bélico e muitas vezes acontecia que o avião, ainda com o embate, arrastava-se com uma bola de chamas e fumo contra o objectivo. Mas os resultados tácticos e estratégicos esperados não foram obtidos. As coisas haviam já chegado a um ponto em que faltavam os aparelhos,e  não era sequer possível arranjar uma escolta necessária para impedir que os kamikaze fossem abatidos muito antes de poderem aproximar-se das ' task-force ' norte-americanas e de outros objectivos. Todas as destruições realizadas não puderam de forma alguma impedir a derrota.

E esta é uma experiência deprimente. Deprimente porque poderia não valer apenas para aquele caso. Os tempos parecem ser tais que mesmo a extrema tensão heróica de espíritos que já de forma antecipada rescindiram o vínculo humano pode ser vã ante uma esmagadora potência organizada da matéria. ''

Roma, 11 de Dezembro de 1957.( Texto traduzido do Castelhano)





sexta-feira, 9 de março de 2012

Um ídolo com pés de barro

Democracia: brevemente, num mundo perto de si, assista à derrocada final de um ídolo com pés de barro.


quarta-feira, 7 de março de 2012

Sobre os saquedores da Terra

' Nós, que vivemos nos confins da Terra e com o último pobre trabalho da liberdade, até agora estando protegidos pela enorme distância, pelo mistério e pelo medo criado pelo nosso nome. Mas agora, as fronteiras estão abertas e, para além  de nós, não há mais ninguém. Apenas o mar e, mesmo assim, eles vêm. À usurpação deles não fugimos nem pelo ar nem pela humilhação de nós próprios. Estes saqueadores da terra invadem agora os mares porque, havendo devastado tudo, já não lhes resta terra alguma. Se o seu inimigo é rico, eles são gananciosos, se ele é pobre, buscarão a glória. Sozinhos entre os povos, olharam com a mesma ganância para ricos e pobres. Roubando, assassinando e saqueando eles se denominam de Governo e no local onde criaram um deserto, a isso chamam de paz. ' (Michael Moynihan, Blood Axis)





domingo, 4 de março de 2012

A world dead and gone

                                                           A world dead and gone
And she started laughing
Long before you were born
Her pristine eyes staring at me
We walked away, we were free

We travelled so far
Through life and death
Just like a shooting star
Taking a deep breath

This world was burning
When we came home
Not scared at all we threw a stone
To a declining idol once so strong

It was hard to beat
But now is dead and gone
A corrupt system that we won't miss
Time to stand up, give me a kiss

The future is ours, don't step aside
Our best days are coming, keep that in mind

N. Afonso, 28.02.2012








quinta-feira, 1 de março de 2012

Sat upon a tree

Sat upon a tree


Look at those little coloured birds
Over the branches they sing and fly
You should learn to listen to the old ones
When they speak their words are wise

Forget the gossip of this world
If you do that many problems will not arise
Stop and listen: worthy words are not to spare
All those tricky voices you shall ignore

Life goes on, whether you like it or not
Like a chain of lies not left behind
Or rotten corpses that smell so bad
A misguided man can harm you of death

N. Afonso, 10.01.2012






quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Lições de Mishima aos jovens samurais

'' A arte pertence a um sistema que resulta sempre inocente enquanto que a acção política tem como princípio fundamental a responsabilidade. E dado que a acção política valoriza-se sobretudo tendo em conta os resultados, é possível admitir nela também uma motivação egoísta e interessada, sempre que conduza a bons resultados; se, pelo contrário, uma acção inspirada num princípio altamente ético leva a um resultado atroz, não exime de o assumir a quem tenha cumprido as responsabilidades que lhe correspondem. O problema é que a situação política moderna começou a actuar com a irresponsabilidade própria da arte, reduzindo a vida a um concerto absolutamente fictício; transformou a sociedade num teatro e ao povo numa massa de espectadores, e, em definitivo, é a causa da politização da arte; a actividade política já não alcança o nível do antigo rigor do concreto e da responsabilidade. ''

Yukio Mishima, Lições espirituais aos jovens samurais






sábado, 25 de fevereiro de 2012

René Guénon sobre o fim do mundo

'' Alguns sentem confusamente o fim iminente de qualquer coisa de que não podem definir exactamente a natureza e o alcance; é necessário admitir que eles têm uma percepção muito real, embora vaga e sujeita a falsas interpretações ou a deformações imaginativas, visto que, qualquer que seja esse fim, a crise que deve forçosamente aí conduzir é bastante visível,e que numerosos sinais não equívocos e fáceis de constatar conduzem todos de modo concordante à mesma conclusão. Este fim não é, sem dúvida, o «fim do Mundo», no sentido total em que alguns o querem entender, mas é, pelo menos, o fim de um mundo; e se o que deve acabar é a civilização ocidental sob a sua forma actual, é compreensível que aqueles que se habituaram a nada mais ver que esteja fora dela, a considerá-la como a «civilização» sem epíteto, julguem facilmente que tudo acabará com ela, e que, se ela desaparecer, será realmente o «fim do Mundo» ''.

Rene Guénon ' A Crise do Mundo Moderno ', Vega, 1998




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Marble flowers

Marble flowers                                                                  

These flowers behind the wall
Tell stories not heard at all
Of marble and blood are made
With yearning your peace i gave

Destroy the fears you create
Release yourself from this jail
Raise your hands to the sky
When you die no one will cry

N. Afonso, 25.11.2011