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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Omar Khayyam - Rubayat


                                                        Omar Khayyam(Pérsia, 1048-1131)



Rubayat (Alguns poemas)


O vasto mundo: grão de areia no espaço.
A ciência dos homens: palavras. Os povos,
os animais, as flores dos sete climas: sombras.
O profundo resultado da tua meditação: nada.


Os sábios mais ilustres caminharam nas trevas da ignorância, 
e eram os luminares do seu tempo.
O que fizeram? Balbuciaram algumas frases confusas,
e depois adormeceram cansados.


Mestres e sábios morreram
sem se entenderem sobre o Ser e o Não Ser.
Nós, ignorantes, vamos apanhar as tenras uvas; 
que os grandes homens se regalem com as passas.


Rosas, taças, lábios vermelhos:
brinquedos que o Tempo estraga;
estudo, meditação, renúncia:
cinzas que o Tempo espalha.


(Tradução de Alfredo Braga)

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