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terça-feira, 29 de maio de 2012
O Simbolismo do Centro
''O Centro é, eminentemente, a região do sagrado, a região da realidade absoluta. Semelhantemente, todos os outros símbolos da realidade absoluta (árvores da vida e imortalidade, fontes da juventude, etc) estão também situados num Centro. O caminho que leva ao Centro é um 'caminho difícil ' e isto acontece em todos níveis da realidade: convoluções difíceis de um templo (como em Borobdur); peregrinação a locais sagrados (Meca, Hardwar, Jerusalém); perigosas viagens das expedições heróicas em busca do Velo de Ouro, as Maçãs de Ouro, a Planta da Vida; andar às voltas em labirintos; dificuldades do que demanda pelo caminho do eu, até ao centro do seu ser e por aí em diante. O caminho é árduo, cheio de perigos, porque é, de facto, um rito da passagem do profano para o sagrado, do efémero e ilusório para a realidade e eternidade, da morte para a vida, do homem para a divindade. Alcançar o Centro equivale a uma consagração, uma inicição; a existência profana e ilusória de ontem dá lugar a uma nova, a uma vida que é real, duradoura e efectiva. ''
Mircea Eliade, O Mito do eterno retorno
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