A casa velha junto ao lago
Numa casa velha junto ao lago
Vive um homem solitário
Lembra os camaradas de outrora
Era a coragem a sua pátria
Na casa isolada de madeira
Uma arma gasta e uma cana de pesca
São agora as suas companheiras
Ele olha em frente, sem remorsos
O dia avança como tantos outros
O sol espreita entre os pinheiros
Uma águia paira nas alturas
Cantam aves nos altos ramos
O homem escuta e observa
A guerra- distante mas sempre perto
A vida- uma arco-íris de memórias
A morte- a outra margem do rio
A mente- apaziguada perante a dor
E a lua reflectida sobre as águas
Os irmãos caídos, nunca esquecidos
Em batalhas idas não perdidas.
N. Afonso, 6.04.2012
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