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sexta-feira, 16 de março de 2012

Kali Yuga

Kali Yuga


Thousands of years ago were written
Proper words in the sacred texts
But mankind has long forgiven
Many of them will find no rest

This age of lies and deception
Will unleash so much agression
A Golden Era once has lasted
And will return when Kali is gone

Do not fear when the end is near
Because every end is a new beginning

N. Afonso, 25.11.2011


terça-feira, 13 de março de 2012

Julius Evola sobre os kamikaze

'' Muitos saberão já o que são os kamikaze. Tal é o nome que foi dado àqueles aviadores japoneses que na última grande guerra se lançavam com uma carga de explosivos que acompanhava o seu avião contra o navio dos inimigos para os fazer saltar pelo ar. Falou-se muito destes ' voluntários da morte ',  umas vezes com admiração, outras com horror. Mas nem sempre foi captado o sentido completo desta iniciativa, na verdade sem precedentes na nossa história: dado que este é o primeiro caso de uma táctica sistematicamente estudada e organizada que implica a morte certa dos combatentes, aplicada não em casos esporádicos, dentro dos limites de formas de exaltação individual, mas durante um longo período e com um corpo especial instruído de maneira adequada.

Este corpo foi criado pelo amirante Onishi, quando, perante a esmagadora superioridade de meios por parte do adversário, parecia não haver outra esperança de vitória que não fosse um milagre somente realizável por um caminho de excepção. Kamikaze quer dizer ' vento divino 'e ' tempestade dos deuses '. Com isto fez-se referência a um episódio da história anterior do Japão. Em 1281, numa situação também desesperada, um furacão, que se pensou haver sido desencadeado pelos deuses, salvou o Japão afundando em poucos minutos uma potente frota inimiga. Deste modo os kamikaze conceberam-se a si mesmos quase como a encarnação da mesma força divina que então havia salvo a nação. No momento da constituição dos corpos, estas foram as palavras pronunciadas pelo almirante Onishi: ' Dirijo-me a vós em nome dos cem milhões de japoneses para solicitar o vosso sacrifício, invocando a vitória. Vocês já são deuses e os deuses esquecem-se de qualquer desejo humano. Se por acaso ainda têm um, que seja aquele de saber que o vosso sacrifício não foi em vão. '
Tais palavras encontraram um solo preparado no estado de ânimo de exasperação nascido nas massas de combatentes, que, ainda constatando a impossibilidade de fazer frente ao inimigo com os mesmos meios, não queriam, no entanto, de nenhuma maneira vergar-se ante um destino infausto. Deste modo, a obrigação de vencer a qualquer custo, atestada num primeiro momento por exemplos isolados, com a precipitação dos acontecimentos, e com a criação daquele corpo especial, acabou inchando como uma torrente destruidora '.
Calcula-se que desde 24 de Outubro de 1944, data da criação do corpo dos kamikaze, até 15 de Agosto de 1945, data da capitulação do Japão, 2530 pilotos se lançaram nos ataques suicidas contra os porta-
- aviões, os couraçados e os transportes norte-americanos. No momento em que, apesar de tudo, o Japão depôs as armas, o almirante Onishi matou-se, alcançando assim os seus homens na morte. Pouco antes, escreveu esta breve poesia lírica: ' Depois da tempestade/a lua apareceu, radiante '. Isto leva-nos a analisar o elemento interior, ético e espiritual do espírito kamikaze. Por um lado, a chamada de Onishi encontrou uma superabundância de voluntários. Os que eram escolhidos consideravam tal coisa como uma grande honra pela qual agradeciam, e que por vezes se chegou até a protestar e acusar de favoritismo e de corrupção quando tal privilégio não era concedido. Por isso deve ser sublinhado que não se tratava de um gesto ditado por um  momento de exaltação e de delírio heróico. Podia acontecer que os kamikaze tivessem que esperar meses inteiros antes de serem enviados numa missão. E neste período passavam o tempo realizando as suas ocupações normais, participando até em jogos e diversões, quase como se não tivessem ante si a perspectiva de partir rumo a uma morte certa e quase como se aquelas não fossem as suas últimas horas de vida. O seu misticismo guerreiro era acompanhado por uma fria e lúcida determinação, dado que, tal como se mencionou, eles tinham que instruir-se a fundo nas técnicas precisas de um ataque que, para ter
eficácia, exigia até ao fim um absoluto domínio de si  mesmo.

Para entender tudo isto temos que fazer referência a factores ético-espirituais e a uma concepção da vida totalmente diferente da que impera no Ocidente moderno. Em primeiro lugar existia a ideia de que ' ao converter-se em soldados já se tinha dado a vida pelo Imperador ' e que ' se os nossos tivessem que pensar não ter feito tudo para vencer, também se matariam sem por isso considerar-se livres das suas culpas. ' Encontrava-se rapidamente uma ética mais geral derivada da sabedoria de Confúcio, a qual, do mesmo modo que a estóica, exorta a viver tal com se cada dia fosse o último. E a esta ética que, se é vivida, não pode senão propiciar um natural e calmo desapego, unia-se-lhe aquilo que vinha de um concepção tradicional que não vê no nascimento o princípio da existência humana e na morte o fim inevitável do ser. Daí a característica de um heroísmo que não é obscuro, trágico e desperado, mas que se encontra confirmado pela certeza de uma vida superior. Por isso os kamikaze eram considerados ' deuses vivos '. Por isso, para os seus aparelhos não foram escolhidos símbolos da morte, caveiras, ou cor negra ou outra, tal como, pelo contrário, acontece em outros casos, mas sim símbolos de imortalidade. Ooka foi denominado o pequeno tipo de avião de um só lugar, que, carregado com duas toneladas de explosivos, era
largado por um bombardeiro e que por meio de aceleradores a propulsão se precipitava a uma alta velocidade sobre o objectivo, com uma autonomia de 20 km. Mas Ooka quer dizer ' flor de ameixa ', flor que no Extremo Oriente é também um luminoso símbolo de imortalidade.

Mas esta imortalidade, de acordo com a concepção japonesa, não é de carácter puramente transcendente; é a de forças que ainda o além pode suportar e alimentar a grandeza e a força do Império. Por isso, o almirante Onishi pôde também dizer: ' O nascimento do espírito kamikaze assegura-nos a perenidade do Japão, ainda que haja apenas uma probabilidade ínfima de vencer. ' E no fundo, esta aparece como radical justificação do sacrifício daqueles que tinham pensado ' levantar com a pureza da sua juventude o vento dos deuses '. O aparecimento dos kamikaze aterrorizou por certo as forças norte-americanas. Ficaram descrições do paroxismo e pânico que produzia nos barcos yankees o seu mero aparecimento. Lançavam-
-se contra o mesmo todo o tipo de elemento bélico e muitas vezes acontecia que o avião, ainda com o embate, arrastava-se com uma bola de chamas e fumo contra o objectivo. Mas os resultados tácticos e estratégicos esperados não foram obtidos. As coisas haviam já chegado a um ponto em que faltavam os aparelhos,e  não era sequer possível arranjar uma escolta necessária para impedir que os kamikaze fossem abatidos muito antes de poderem aproximar-se das ' task-force ' norte-americanas e de outros objectivos. Todas as destruições realizadas não puderam de forma alguma impedir a derrota.

E esta é uma experiência deprimente. Deprimente porque poderia não valer apenas para aquele caso. Os tempos parecem ser tais que mesmo a extrema tensão heróica de espíritos que já de forma antecipada rescindiram o vínculo humano pode ser vã ante uma esmagadora potência organizada da matéria. ''

Roma, 11 de Dezembro de 1957.( Texto traduzido do Castelhano)





sexta-feira, 9 de março de 2012

Um ídolo com pés de barro

Democracia: brevemente, num mundo perto de si, assista à derrocada final de um ídolo com pés de barro.


quarta-feira, 7 de março de 2012

Sobre os saquedores da Terra

' Nós, que vivemos nos confins da Terra e com o último pobre trabalho da liberdade, até agora estando protegidos pela enorme distância, pelo mistério e pelo medo criado pelo nosso nome. Mas agora, as fronteiras estão abertas e, para além  de nós, não há mais ninguém. Apenas o mar e, mesmo assim, eles vêm. À usurpação deles não fugimos nem pelo ar nem pela humilhação de nós próprios. Estes saqueadores da terra invadem agora os mares porque, havendo devastado tudo, já não lhes resta terra alguma. Se o seu inimigo é rico, eles são gananciosos, se ele é pobre, buscarão a glória. Sozinhos entre os povos, olharam com a mesma ganância para ricos e pobres. Roubando, assassinando e saqueando eles se denominam de Governo e no local onde criaram um deserto, a isso chamam de paz. ' (Michael Moynihan, Blood Axis)





domingo, 4 de março de 2012

A world dead and gone

                                                           A world dead and gone
And she started laughing
Long before you were born
Her pristine eyes staring at me
We walked away, we were free

We travelled so far
Through life and death
Just like a shooting star
Taking a deep breath

This world was burning
When we came home
Not scared at all we threw a stone
To a declining idol once so strong

It was hard to beat
But now is dead and gone
A corrupt system that we won't miss
Time to stand up, give me a kiss

The future is ours, don't step aside
Our best days are coming, keep that in mind

N. Afonso, 28.02.2012








quinta-feira, 1 de março de 2012

Sat upon a tree

Sat upon a tree


Look at those little coloured birds
Over the branches they sing and fly
You should learn to listen to the old ones
When they speak their words are wise

Forget the gossip of this world
If you do that many problems will not arise
Stop and listen: worthy words are not to spare
All those tricky voices you shall ignore

Life goes on, whether you like it or not
Like a chain of lies not left behind
Or rotten corpses that smell so bad
A misguided man can harm you of death

N. Afonso, 10.01.2012






quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Lições de Mishima aos jovens samurais

'' A arte pertence a um sistema que resulta sempre inocente enquanto que a acção política tem como princípio fundamental a responsabilidade. E dado que a acção política valoriza-se sobretudo tendo em conta os resultados, é possível admitir nela também uma motivação egoísta e interessada, sempre que conduza a bons resultados; se, pelo contrário, uma acção inspirada num princípio altamente ético leva a um resultado atroz, não exime de o assumir a quem tenha cumprido as responsabilidades que lhe correspondem. O problema é que a situação política moderna começou a actuar com a irresponsabilidade própria da arte, reduzindo a vida a um concerto absolutamente fictício; transformou a sociedade num teatro e ao povo numa massa de espectadores, e, em definitivo, é a causa da politização da arte; a actividade política já não alcança o nível do antigo rigor do concreto e da responsabilidade. ''

Yukio Mishima, Lições espirituais aos jovens samurais






sábado, 25 de fevereiro de 2012

René Guénon sobre o fim do mundo

'' Alguns sentem confusamente o fim iminente de qualquer coisa de que não podem definir exactamente a natureza e o alcance; é necessário admitir que eles têm uma percepção muito real, embora vaga e sujeita a falsas interpretações ou a deformações imaginativas, visto que, qualquer que seja esse fim, a crise que deve forçosamente aí conduzir é bastante visível,e que numerosos sinais não equívocos e fáceis de constatar conduzem todos de modo concordante à mesma conclusão. Este fim não é, sem dúvida, o «fim do Mundo», no sentido total em que alguns o querem entender, mas é, pelo menos, o fim de um mundo; e se o que deve acabar é a civilização ocidental sob a sua forma actual, é compreensível que aqueles que se habituaram a nada mais ver que esteja fora dela, a considerá-la como a «civilização» sem epíteto, julguem facilmente que tudo acabará com ela, e que, se ela desaparecer, será realmente o «fim do Mundo» ''.

Rene Guénon ' A Crise do Mundo Moderno ', Vega, 1998




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Marble flowers

Marble flowers                                                                  

These flowers behind the wall
Tell stories not heard at all
Of marble and blood are made
With yearning your peace i gave

Destroy the fears you create
Release yourself from this jail
Raise your hands to the sky
When you die no one will cry

N. Afonso, 25.11.2011





quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

' Rica Galllaecia ' - Sobre o povo galaico-duriense

' Para quem tem consciência étnica, é bem claro que o Minho, a par da raia transmontana, não é uma fronteira. O espaço galaico-duriense constitui um corpo étnico nascido da unidade geográfica e da natureza das raízes do povo castrejo. A Galiza e o norte de Portugal constituem  um único território, o berço da terra mais antiga da Península. O  'etnos ' e a unidade espiritual deste povo foram a forja da expressão cíclica e ritual dos costumes de aquém e além-Minho. O Homem galaico-duriense faz parte de um grupo natural esculpido pelas forças da terra e da magia na alvorada dos tempos. '

Excerto da letra da música ' Rica Gallaecia ', do álbum ' Troadouro ' dos Sangre Cavallum


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

' Os doze Césares '

Escrito por Suetónio, do qual pouco sabemos, esta é uma biografia clássica dos primeiros Imperadores de Roma. Começando por Júlio César, apesar deste não ser 'oficialmente' considerado Imperador, passando pelo seu sucessor Augusto e terminando em Domiciano, este livro prima pela não só pela descrição física e moral dos Imperadores mas também pelas políticas económicas, culturais e sociais levadas a cabo por cada um deles, na medida em que isso foi possível ao autor, baseando-se para isso nos documentos que possuía e por vezes também em testemunhas vivas. Notável pelo rigor e detalhe dos factos, esta biografia leva-nos ao tempo dos ritos antigos da Roma Imperial, das batalhas das legiões e também da vida privada dos Imperadores, dos seus problemas mais pessoais, das suas fraquezas e forças e também de algumas das suas loucuras. Está publicado na Assírio & Alvim.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

'Cosmocrátor', por Giovanni Papini

                                                           

' Receio ter-me enganado no planeta. Estamos muito apertados aqui. Não há bastante lugar para mim.
     Ou enganei-me, talvez, no século. Os meus verdadeiros companheiros morreram há milhares de séculos, ou estão, ainda, por nascer.
    O facto é que, por toda a parte, me sinto estranho e mortificado. A Terra é um punhado de esterco ressequido e de urina verde, a que se dá a volta em poucas horas, e, amanhã, em poucos minutos. E não há ocupações adequadas e dignas de uma pessoa que sinta dentro de si os apetites e as fantasias de um titã.
    Penso, às vezes, que a Ásia podia ser a minha feitoria, a África o meu campo de caça ou o meu jardim de Inverno, a América do Norte a minha fábrica, com as administrações anexas, a do Sul, os pastos para os meus rebanhos, a Europa o meu museu e a minha villa de descanso. Mas seria sempre uma maneira mesquinha de viver. Ter o Atlântico como piscina, o Pacífico como pescaria, o Etna como estufa, tomar duches sob o Niágara, possuir a Austrália como jardim zoológico e o Sáara como terraço para os banhos de Sol, são coisas que pareceriam, às estúpidas criaturas que se alojam nesta esfera de quinta grandeza, portentosas ou monstruosas.
    Para mim, contudo, desejaria um pouco mais. Ser o Cosmocrátor supremo, o director da vida universal, o engenheiro-chefe do teatro do Mundo, o grande prestidigitador das terras e dos mares: esta seria a minha verdadeira vocação. Não podendo, porém, ser Demiurgo, a carreira de Demónio é a única que não desonra um homem que não faz parte do rebanho.
    Se pudesse, por exemplo, desencadear a fome num Continente, fragmentar em repúblicas de S.Marino e de Andorra um Império, destruir uma raça, separar a Europa da Ásia por meio de um canal desde o mar de Kara ao Cáspio, obrigar todos os homens a falar e a escrever uma só língua, creio que, por dois ou três anos, conseguiria fazer desaparecer o meu perpétuo aborrecimento.
    Ser-me-ia agradável também ter em minha casa, sob as minhas ordens, um Presidente da República como dactilógrafo, um rei qualquer como motorista, uma rainha destronada como cozinheira, o Kaiser como jardineiro, o Mikado como porteiro e, sobretudo, ter ao meu serviço, como ídolo doméstico e falante, um Dalai-Lama, isto é, um Deus vivo. Com que volúpia eu descarregaria sobre esses grandes reduzidos a escravos a desesperação da minha insuportável pequenez! '

Giovanni Papini 'Cosmocrátor', em ' Gog '


 

Mapa das bases militares dos Estados Unidos da Turquia ao Paquistão

Quem ameaça quem no Médio-Oriente?


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Unfinished journey

                                                            Unfinished journey

Close the doors in your darkest room
Open your eyes when the stars gloom
Put on your best pair of boots
And climb up to the highest mountains

Stay there for a while and just be silent
Or you can drink some water in the purest fountains
Cross those dusty roads into the valley
Oh! What a relief when around the fire

Life is so brief, death you shall embrace
Your work is not finished, do not sleep
If you fail to do it will anybody weep?

N. Afonso, 13.12.2011







Moisés e o chá

Como é que Moisés faz o chá?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Confundir liberais e direitistas


Julius Evola sobre como ' cavalgar o tigre '

' Deve-se cortar toda a ligação com o que está destinado a desaparecer a longo ou curto prazo . O problema será então o de manter uma direcção geral sem se apoiar em nenhuma forma dada ou transmitida, incluindo as do passado, que são autenticamente tradicionais mas que pertencem já à História. A continuidade não poderá ser mantida senão num plano por assim dizer existencial, ou, mais precisamente, sob a forma de uma orientação íntima do ser juntamente com a maior liberdade exterior. '

Julius Evola ' Cavalgar o tigre '


Leif Erikson, o primeiro Europeu na América

Leif Erikson, por Howard David Johnson