Marcas do Tempo
As fendas que se abriram
Nessa velha muralha
Ruínas de uma fortaleza
Há muito abandonada
São as marcas do Tempo
Que ali parece haver parado
No alto dessa colina
De vistas amplas sobre o vale
Nessa terra desolada
Já se travaram grandes batalhas
Muitos exércitos dizimados
Por outros foram vencidos
Observa bem o que sobrevive
Dessas épocas remotas
Aí já não se ouvem
Os risos e gritos das gentes
Nem o bulício do mercado
A agitação das ruas
As armas dos guerreiros
Ou os passos do inimigo
Apenas restam os animais
As aves sobrevoam os céus
Azuis, limpos como antes
Mas as fontes não secaram
Os rios ainda correm
O Sol ainda brilha
As árvores ainda dão fruto
A natureza persiste
Quando tudo parece morrer
Pensas nesses tempos idos
Agarra o presente!
Pois é tudo o que tens.
N. Afonso, 3.01.2013
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