Cortejo de derrota
Passam e desfilam, como nas feiras
De si mesmo envaidecidos
São tantos nas suas fileiras
Multidões que enchem as ruas
Anoitece e eles continuam
Na marcha rumo ao abismo
Os seus egos inflamados
Pelos seus líderes enganados
Ofuscados pela espuma dos dias
Nos bastidores os seus guias
Neste cortejo de derrota
São os mestres da mentira
Barafustam, quais animais em fúria
Mas caminham sempre em frente
Chega a hora da batalha final
É um momento sem igual
Quando a vitória lhes escapa
Já é tarde para voltar atrás
Agora sabem que não podem vencer
Este combate que os desfaz
Os que manobram nos bastidores
Também os muitos do cortejo
Para longe são atirados
E impiedosamente derrotados
N. Afonso, 8.04.2013
Sem comentários:
Enviar um comentário