Cortejo de derrota
Passam e desfilam, como nas feiras
De si mesmo envaidecidos
São tantos nas suas fileiras
Multidões que enchem as ruas
Anoitece e eles continuam
Na marcha rumo ao abismo
Os seus egos inflamados
Pelos seus líderes enganados
Ofuscados pela espuma dos dias
Nos bastidores os seus guias
Neste cortejo de derrota
São os mestres da mentira
Barafustam, quais animais em fúria
Mas caminham sempre em frente
Chega a hora da batalha final
É um momento sem igual
Quando a vitória lhes escapa
Já é tarde para voltar atrás
Agora sabem que não podem vencer
Este combate que os desfaz
Os que manobram nos bastidores
Também os muitos do cortejo
Para longe são atirados
E impiedosamente derrotados
N. Afonso, 8.04.2013
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domingo, 28 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Marcas do Tempo
Marcas do Tempo
As fendas que se abriram
Nessa velha muralha
Ruínas de uma fortaleza
Há muito abandonada
São as marcas do Tempo
Que ali parece haver parado
No alto dessa colina
De vistas amplas sobre o vale
Nessa terra desolada
Já se travaram grandes batalhas
Muitos exércitos dizimados
Por outros foram vencidos
Observa bem o que sobrevive
Dessas épocas remotas
Aí já não se ouvem
Os risos e gritos das gentes
Nem o bulício do mercado
A agitação das ruas
As armas dos guerreiros
Ou os passos do inimigo
Apenas restam os animais
As aves sobrevoam os céus
Azuis, limpos como antes
Mas as fontes não secaram
Os rios ainda correm
O Sol ainda brilha
As árvores ainda dão fruto
A natureza persiste
Quando tudo parece morrer
Pensas nesses tempos idos
Agarra o presente!
Pois é tudo o que tens.
N. Afonso, 3.01.2013
As fendas que se abriram
Nessa velha muralha
Ruínas de uma fortaleza
Há muito abandonada
São as marcas do Tempo
Que ali parece haver parado
No alto dessa colina
De vistas amplas sobre o vale
Nessa terra desolada
Já se travaram grandes batalhas
Muitos exércitos dizimados
Por outros foram vencidos
Observa bem o que sobrevive
Dessas épocas remotas
Aí já não se ouvem
Os risos e gritos das gentes
Nem o bulício do mercado
A agitação das ruas
As armas dos guerreiros
Ou os passos do inimigo
Apenas restam os animais
As aves sobrevoam os céus
Azuis, limpos como antes
Mas as fontes não secaram
Os rios ainda correm
O Sol ainda brilha
As árvores ainda dão fruto
A natureza persiste
Quando tudo parece morrer
Pensas nesses tempos idos
Agarra o presente!
Pois é tudo o que tens.
N. Afonso, 3.01.2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Roda da vida
Roda da vida
As peças estão todas dispersas
O puzzle inacabado
O enigma por resolver
A vida é como um jogo
Uma roleta que gira sem parar
Não sabes como termina
Nem como nem quando começou
Se é obra de um Deus maior
Mero fruto do acaso
Se a Ciência a pode explicar
Ou a Religião compreender
N. Afonso, 24.02.2013
As peças estão todas dispersas
O puzzle inacabado
O enigma por resolver
A vida é como um jogo
Uma roleta que gira sem parar
Não sabes como termina
Nem como nem quando começou
Se é obra de um Deus maior
Mero fruto do acaso
Se a Ciência a pode explicar
Ou a Religião compreender
N. Afonso, 24.02.2013
sábado, 6 de abril de 2013
O legado
O legado
O legado imaterial
Que te deixaram
Escondido sob imensas
Camadas de terra
Essa herança antiga
Que outrora pensavas
Estar perdida
Oculta num qualquer
Lugar remoto
Talvez morta, até
Há muito esquecida
Nas brumas do passado
Mas que agora reaparece
Tão viva no presente
Esse legado perene
Está agora nas tuas mãos
Porque é teu
E nunca deixou de ser
N. Afonso, 01.01.2013
O legado imaterial
Que te deixaram
Escondido sob imensas
Camadas de terra
Essa herança antiga
Que outrora pensavas
Estar perdida
Oculta num qualquer
Lugar remoto
Talvez morta, até
Há muito esquecida
Nas brumas do passado
Mas que agora reaparece
Tão viva no presente
Esse legado perene
Está agora nas tuas mãos
Porque é teu
E nunca deixou de ser
N. Afonso, 01.01.2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Solidão e decadência
Solidão e decadência
A ímpia devastação
Das coisas sagradas
Os símbolos desdenhados
Ou mal interpretados
O campo onde crescem
As sementes da perdição
O palco onde se exibem
Todos os vícios e aberrações
Tudo treme e ameaça ruir
Mentiras, meias verdades
Todo o género de maldades
Morre o que tantos estimavam
Como as verdades de outrora
O que ontem se disse
Hoje já nada vale
O que hoje se escreve
Amanhã já nada conta
As promessas feitas
Que não podem ser cumpridas
As lágrimas de crocodilo
Derramadas na praça pública
Os aplausos fingidos
Dos bajuladores
A solidão solene
Da incompreensão
A voz inaudível
Que nos sussurra
A verdade que habita
No labirinto interior
Do nosso ser
N. Afonso, 24.02.2013
A ímpia devastação
Das coisas sagradas
Os símbolos desdenhados
Ou mal interpretados
O campo onde crescem
As sementes da perdição
O palco onde se exibem
Todos os vícios e aberrações
Tudo treme e ameaça ruir
Mentiras, meias verdades
Todo o género de maldades
Morre o que tantos estimavam
Como as verdades de outrora
O que ontem se disse
Hoje já nada vale
O que hoje se escreve
Amanhã já nada conta
As promessas feitas
Que não podem ser cumpridas
As lágrimas de crocodilo
Derramadas na praça pública
Os aplausos fingidos
Dos bajuladores
A solidão solene
Da incompreensão
A voz inaudível
Que nos sussurra
A verdade que habita
No labirinto interior
Do nosso ser
N. Afonso, 24.02.2013
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