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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Nunca é tarde

Nunca é tarde

É noite e tudo arde
Espelhos de mil cores
Deslizam a teus pés
As imagens desvanecem-se

Os conceitos são reduzidos a pó
A glória pesa como chumbo
A vingança é uma seta
Apontada ao teu coração

Espreitas pelo buraco da fechadura
E sais de casa à pressa
Lá fora a chuva cai
Solene e persistente

Sodoma e Gomorra
Mesmo ali ao lado
Marcham as hordas de Gog e Magog
Cinzas e ossos, já nada resta...

Ergues os braços ao céu
Suspiras pelo fim mas em vão
Ouves o murmúrio das ondas
E depois o som das trombetas

Nunca é tarde
Para começar
Quando o presente
É agora e sempre.

N. Afonso, 28.08.2012

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