Antonin Artaud
Poeta visonário de olhar penetrante
Génio louco, diriam outros
Uma voz que nos fala
Dos confins do mundo
Inquietante, perturbador, misterioso.
Pária do surrealismo por mérito próprio
Anarquista por natureza
Tudo isso e muito mais
Sempre lúcido na sua loucura
De asilo em asilo
Rodez já te esqueceu...
Entre os Tarahumaras não te perdeste
Deambulaste furiosamente pela vida,
Ó filho do Mediterrâneo
Fizeste o teu próprio caminho
Remaste sempre contra a maré
Tu, destruidor de ilusões
Persistente iconoclasta
No palco foste tu próprio
Intenso, verdadeiro, rebelde
Daqui te saúdo, Artaud!
Que caia sobre ti
Um último raio de verdade.
Artur Granja/N. Afonso
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