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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Selo supremo

Selo supremo

Derretem os gelos
Os medos e ilusões
Congela a angústia
Depois morre a inércia

Das cinzas da dor
Renasce a força
Um rochedo da vontade

Há um sopro que apaga
As velas frágeis da mentira
Vê como se desfazem
As torres altas da iniquidade

Despedaçam-se ídolos e ideais
Com pés de barro fabricados
Também eles apodreceram
Repletos do bolor da falsidade

Tudo cai à tua passagem
Homens, muros, poderes, ideias
Selo ímpar da verdade!

N. Afonso, 15.11.2012

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