Cardos ao Sol
Brilha alto o Sol
No seu esplendor
O dia é fugaz para quem vive a correr
Mas longo para quem é paciente
A estrada é estreita
Para o viajante
Os passos lentos em silêncio
A viagem é árdua e penosa
O tempo gira
Em teu redor
Essa espiral sem fim
Crescem flores no precipício
E espinhos nos verdes cardos
Um manto de névoa
Cobre o topo
De uma montanha
De incertezas
Existe beleza numa
Planície estéril
E algum orgulho
No abismo criador?
N. Afonso, 21.11.2012
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