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domingo, 22 de julho de 2012

Do exílio

Exilados

Somos exilados
Na nossa própria terra
Não existe pátria
Nação ou povo

Tudo é global e disperso
A identidade dilui-se
Neste emaranhado caótico
De multidões anónimas urbanas

O Estado é inimigo
O luar um abrigo
Nossas mentes e corações
Unidos não pelos cifrões

Sobre os escombros da cidade
Construiremos a liberdade
Juntos e rejuvenescidos
Pela vitória fortalecidos

N. Afonso, 19.07.2012

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