No meio de nós
No meio de nós há muros e barreiras
Palavras artificiais e gestos inúteis
Circunspectos olhares e troça
Paredes de cal que nos separarm,
Grinaldas de flores e cactos verdejantes
Sorrisos cúmplices e complacentes,
Mãos enlameadas que se tocam
Na envolvente penumbra da noite
Silêncios que perduram no tempo,
Desfaçatez iníqua que se infiltra
Pelas vidraças enquanto o vento sopra
Entre nós há destroços que se movem,
Hoje aqui e amanhã ali...
E não se esquece a pérfida monotonia
Que nos abate, implacavelmente
Nem o latir dos velhos cães
Nas ruas desertas e frias.
Resta um só segredo por contar,
Uma frágil narrativa que nos define.
N. Afonso
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sábado, 29 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Yang e Yin
Yang e Yin
Sou o Sol radiante que anuncia o amanhecer,
Tu és a lua sombria na escuridão
Sou o fogo vermelho que te consome,
Tu a água fresca que tudo lava.
Sou o masculino imóvel que se move,
Aparente contradição sem o ser.
Tu és o feminino volátil que se abre.
Sou o dia claro que te envolve,
És a noite escura que assusta e atrai.
Sou o branco, tu és o negro.
Eu sou o Yang, tu és o Yin,
Os opostos que se completam.
N. Afonso
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